quinta-feira, 27 de março de 2008

Janelas









"Janelas que por vezes são espelhos, noutras são estradas
Se já refletiram minhas lágrimas quando estive perdida

Foram também o melhor destino, boas vindas de chegada
Sombreadas só nas horas mais tristes de inevitável partida...

Janelas que, se descerradas, inundam a vida de luz
Mesmo estivessem fechadas, prenderiam meu olhar
Recitaria a elas os versos carinhosos que compus
Num velar de sono me faria junto num abraço serenar...

E se hoje esse dia frio nasceu cinzento e nublado
Miro no retrato o mesmo brilho do astro nas janelas
Perfeitas, se o sol não nasceu, decerto anda enciumado
Não possui o mistério incandescente que vejo nelas...

E se tanto fascínio causaram a minha alma
Luminosas fontes de beleza, verdade e calor
É porque essas janelas, paisagens de tarde calma
São janelas de alma pura: são os olhos do meu amor...

Milagre que não se explica, nem fé ou ciência
O de transformar o mundo todo num despertar
Compreendi o sentido de tanta coincidência
Ao ver a vida pela janela daquele olhar..."



Ao meu anjo, meu menino ... meu poeta carinhoso... homem de alma verdadeira, sem vaidades, sem sombras...
De palavras doces, maneiras corretas, coração imenso...
Te dedico meus versos " sempre", como meus beijos de dias "todos", das horas "muitas", das vidas "todas"...