sexta-feira, 9 de maio de 2008

Temporais

Que essa garoa fina que cai devagar
Apague as pegadas do nosso passado
Que juntos o sol possa nos encontrar
Para qualquer cinza ser iluminado...

O inverno que chega de mansinho
Só fará com que fiquemos perto
Não há limites quando há carinho
Estar contigo, meu desejo certo...

Como queria meus olhos nos teus refletidos
Noite dessas que o céu em águas se desfaz
Parasse o tempo em temporal de sentidos
Nos mesmos braços que trarão minha paz...

Clarões espiam, são olhos da tempestade
Queria que ela não pudesse me ver assim
Sinto-me só em companhia desta saudade
Desta vontade egoísta de te ter só pra mim...

Todas as forças que a natureza faz uso
Fascinam-me nesta longa madrugada insone
É à chuva que confesso que tudo que preciso
É de ti, do som da tua voz chamando meu nome...

Camilla – 2008